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segunda-feira, 9 de maio de 2011

Salvos pelo... CEREAL?



O estresse é algo que pode ser considerado positivo, uma vez que nos mantém alertas e ativos. Porém, uma pressão de longo prazo, continuo, é perigosa. Neste caso, precisamos de uma intensa porção de serotonina para eliminar a enchente de hormônios do estresse.
 A serotonina, neurotransmissor conhecido como a substancia da felicidade ajuda a começar o seu dia de trabalho com entusiasmo e tomar decisões de forma objetiva, sem que esse processo seja excessivamente desgastante, pois esta substancia degrada os hormônios do estresse: o cortisol e a adrenalina
            Se a produção de serotonina não ocorre, os níveis de cortisol e adrenalina, podem elevar ininterruptamente, o que é duplamente perigoso: Hormonios de estresse são catabolicos, o que significa, que degradam valiosas proteínas do nosso corpo, como componentes do sistema imunológico. Alem disso, eles também restringem a produção de hormônios construtores, como a testosterona, ou o hormônio do crescimento, afinal, o corpo não consegue frear e acelarar ao mesmo tempo. Inicia-se um circulo vicioso que não raramente termina na síndrome de burnout. Um estado de intenso estresse que pode acarretar em graves conseqüências físicas.
 E O CEREAL?
 Encontramos um estudo de Michael Spitzlart, um médico especializado em medicina preventiva e dirigente da primeira clinica voltada para pessoas saudáveis da Alemanha, publicado na revista mente e cérebro, Ed. Especial nº 23, que vale a pena ler.
Em síntese, Spitzlart nos mostra que se comêssemos como nossos parentes geneticamente mais evoluidos próximos, os macacos, o corpo humano conseguiria produzir sensivelmente mais serotonina e, mesmo sob forte estresse, o organismo não chegaria a sofrer em razão da deficiência do neurotransmissor.
            O gargalo decisivo para a síntese da serotonina é o aminoácido triptofano que o corpo não consegue produzir sozinho, por isso, precisamos adicioná-lo ao metabolismo por meio da alimentação. Frequentemente lemos que os aminoácidos são encontrados principalmente na carne como componentes das proteínas. Mas, com muito mais eficiência do que por meio de files e bifes, nós podemos completar nosso estoque de triptofano com a ajuda de alimentos crus como mostram alguns estudos feitos com macacos na Universidade de Harvard.
A mastigação intensa abre as paredes de celulose das células das plantas, fazendo com que o mingau alimentar, bem ensalivado, deslize pelo estomago. Os nutrientes preparados desta forma caem no intestino delgado e são rapidamente absorvidos pela corrente sanguínea. De lá, a maioria dos aminoácidos se desloca principalmente para os músculos, principalmente nas situações em que comemos alimentos ricos em carboidratos com o estomago vazio. Ou seja, quando há poucas fontes de energia disponíveis no sangue. Sendo assim, grãos integrais são melhores do que a carne. O motivo: a adição de carboidrato faz com que o nível de insulina no sangue se eleve, e esse hormônio estimula o transporte de aminoácidos para os músculos. Só que o triptofano abre uma exceção nesse ponto: pouco reage a insulina, ficando então no sangue. Com isso – diferentemente de outros aminoácidos – não precisa concorrer pelos transportadores que permitem a essa molécula transpor a barreira hematoencefálica. Dessa forma o triptofano vai direto para o cérebro e é transformado ali em serotonina.
Em outras palavras: em bom humor e força de vontade. 


                                                                                                                           
Texto enviado pela acadêmica Simone Cristina Muraro, 4º ano de psicologia da UNIVILLE, 2011.

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